Histérico, Frenético, Frenesi (2008)
De tudo um muito
por pouco aos poucos
ações julgadas por loucos
que habitavam o seu encéfalo.
Fugia de si mesmo
perseguidos por vozes
pedia silêncio a esmo
aos falantes atrozes.
Correndo sem direção
cabelos voando ao vento
mão e contra mão
ganhava tempo com o tempo.
Expresso de pânico e fúria
sangue quente na veia
uma doença sem cura
sua índole que esperneia.
Chegou ao ponto final
analisou-se com mais zelo
viu que era um (a)normal
acordou de um pesadelo.
André Anlub®
---------------------------------------
Um sonho
Olhos fechados pelo cansaço
lua solta lá fora
pés calejados, descalços
uma paz infinita
mente focada no absoluto
minha idade nos trinta
e em tudo que se pensa.
Como e bebo de tudo a mão
vinho vermelho como tinta
aroma, flores, jardim, assombração
entram pela janela sem pedir licença.
Chega o dia de branco
chega o céu de azul
uma ave canta um Blues
hora de levantar a esperança
um bom café com leite
agarro meu mosquete
começo minha andança.
Deparo com minha caça
grande urso com certeza
lhe falta a esperteza
me falta a raça.
Chego perto para não perdê-lo
a coragem me veio
não dei-lhe um tiro certeiro
foi o último e primeiro
Me fez correr pela mata
pensando no tamanho da pata
achei uma caverna para ficar
ele quase me mata.
André Anlub®
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.