Das Loucuras (o mar... não poderia deixar de falar!)
Não tenho explosão de pitiatismo,
Mas pesa ficar longe dele;
Causa no peito um aperto
E apelo pelo pleito de estar bem ou mal.
Sinto um sacrifício bom e lícito
Quando finjo afogar-me – afundo nele.
E assim não mais inciso na alma
A inópia pela falta de seu sal.
Nas lacunas entre as felicidades e as tristezas,
Com absoluta certeza, ele estava lá.
Como espelho da noite, coroa de toda a realeza...
Mar esperando a Lua para saber com clareza como atuar.
Nos sorrisos abertos,
Nas lágrimas vertidas,
Nas noites divertidas,
Travesseiros ensopados...
E pardos não são só os gatos,
À noite, ele estava lá.
Mar de perfeitos sonhos,
Folclores, tesouros e viços.
Oceano dos nautas, vikings,
Corsários e navegadores fenícios.
Minha maré de amores lendários,
Imaginários, antigos.
Um beijo aos amores concretos,
Ambíguos, discretos e vivos...
Interminável poesia que em toda alma habita.
Falo bem claro que a paixão é antiga,
Desde pirralho maroto.
Tinha baldinho de baleia,
Castelos, corridas de tampinhas na areia.
Tinha futebol, frescobol,
As corridas na areia fofa,
A farofa, o bronze no corpo e as garotas.
Mas o verdadeiro motivo de ir à praia
Era definitivamente pegar suas ondas.
Mar: exponho meu anseio em te ver...
Ondas: a reprodução do seu contorno.
Praias me aguardem – vou expresso:
Sei que assim há mais doce no desejo em viver.
Ondas: quero na tua tez ser adorno,
Não foi abandono – eu confesso:
Não sei como suportei ficar sem vocês.
André Anlub®
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