Das Loucuras (aquele dia em que os queixos caem)
Quando o verão chegou como o exército vermelho,
Finalmente todos olharam além do horizonte
A raiz mais forte, o sorriso de orelha a orelha
Sua imaginação mais perspicaz e companheira.
Nos folclores e belas flores, avivadas e balsâmicas
Aos seus olhos brotavam num balé ritmado
E ao monte subiu com sua faca, sua figa, seu cajado
E digo mais: não esqueceu suas fidedignas e sagaz pujanças.
Serão construídos mistérios – na alma nua;
Sim, puro mistério... nesse hemisfério e no outro.
Produzirão consciências – endireitando o torto;
Sim, zen consciência... na casa do vizinho e na sua.
Quando o inverno chegou como um ovo num freezer no máximo,
Foi-se a percepção mesquinha de honra e glória;
Veio, como sempre, a sensação tremula da melancolia em desgaste
Aquele resquício do empate que transmuta em vitória.
O susto foi imenso – e imerso nele mesmo –, sorriu.
Recebeu a salutar notícia de que sua sobrevida reagiu.
Novamente o colorido chegou aos olhos d esperança
E num vai e vem da alma, num frenesi da poesia,
Juntou desconexas palavras e interagiu.
Se a vida é louca, vadia, atrapalhada
Absolutamente imponível de se desvendar e entender,
Por que então, qual o motivo, por cargas d’agua,
Ele haveria de se resolver?
André Anlub®
(8/1/21)
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