Das Loucuras (tout n’est que rêve)
As tintas correram de mim, ou fui eu que corri
De qualquer forma assumo o dolo que faz aclarar-me
Entre obstáculos que transpus, ajeitei, despachei e vivi
Ainda há uma vitória que não escreveram nada no epítome.
É farofa com feijão;
É camarão com leite de coco.
Quando ouço a pergunta: E então?
Repondo de pronto: tá menos osso!
Há o otimismo vadio diante do dito pulsante popular
Que dobra a esquina, depois desentorta e a põe reta.
Como uma seta que acerta a ceita e “deita” o pseudoprofeta...
Expondo o ponto correto do direito da alma de ir a qualquer lugar.
Aonde está o bonde? Opa, errei! Aonde está o alvo?
Dessa vez realmente não sei...
Com a distância das teclas/canetas/pincéis,
Faço branco os meus papéis;
Moldo o sonho com o que busquei.
“Farinha aumenta o pouco,
Engrossa o fino,
Esfria o quente
E enche a barriga da gente”.
Numa apocalíptica realidade (do misto de dor e amor),
Os passos ainda estão vívidos...
Ainda mais fortes – é verdade,
Porque troquei isso por aquilo (de muito mais valor).
Não foi pré-aviso, pré-programado, persuadido,
Criança prematura, pré-eclâmpsia, pré-resolvido.
Tudo é premeditado
Quando vem de um imediato vazio;
Os cacos se catequizaram
E se reuniram numa fé repentina...
Sacou o poço seco a gosto;
Lamentou a secura da tinta.
Palmas ao passo inundado proposto,
Comemorando o drible e a finta.
Agora quebrou a entressafra,
E me safo nessa safadeza...
Há tempo para ser o que tiver que ser,
Do trompete à caneta.
André Anlub®
(6/1/2021)
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