Matilde Campilho
Das Loucuras (estruturar, reestruturar, bagunçar a quebrada)
Olhos soltos, gordos, castanhos, desenhados a lápis...
Sonhados, admirados e relembrados à exaustão.
Os dois se abraçaram um dia – como irmãos...
Amadurecer é estar a par que as esperas não são achaques.
Eles preferem o clima de frio seco a umidade,
Escutam aquele jazz sem comparação – talvez não;
Valem o preço de suas inexigibilidades,
Não dão valor algum para a in(ad)equação.
Estruturar, tropeçar, cair, sentir a ressaca guerra;
Reestruturar, bagunçar novamente a quebrada...
Ir de encontro à pedra... Viver (é o que se espera)...
Não precisar escrever ou dizer mais nada.
Olhos fechado em transe após a “transa” arteira;
Corpos suados focalizados num banho de cachoeira.
O vinho obscurece o caos – coisa sem nexo;
A lua imaginária ilumina a cama – casal em sexo.
Dentro dessa janela não há choro nem vela ou breve momento;
Não há escasso espaço, pouco amaço, achismo ou açoite...
Vale o fragmento de vento que acaricia ele/ela nessa noite;
Estão felizes na queima da paixão que estava perdida no tempo.
André Anlub
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