26 de março de 2021

Pombas felinas


Pombas felinas

Ela eternamente chamará atenção:
Holofote faz parte de todos os tempos.
Tudo lamento, intento, comemoração;
Tudo emancipação, afeição, fomento.

Nas ondas dos mares,
A solidão em sal, doce e tais;
Tudo jaz e renasce
Com o passar dos segundos.

Nos submundos da pera podre;
Nos céus das abóbadas celestes;
As vastas vestes dos reis
E os depilados reis desnudos.

Tudo com tudo e mais um pouco nesse louco mundo,
Pois tá com nada fazer muito pouco alarde de tudo.

Em todos os horizontes surgem poesias ecléticas,
Esféricas feras que circundam mentes nada ocas.
Falam todas as línguas,
Beijam todas as bocas.
São loucas e caóticas felinas,
São pombas brancas e éticas.

Fez a fonética que se imprime e se redime
Na escrita que se expõe, se cura e se adoece.
Faz de seu regime artístico algo que o fortalece,
Deixando pegadas de cores às mentes que a imprimem.

André Anlub®




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 MOSCA AZUL 


“A mosca azul faz referência ao livro do Frei Beto, que tem esse nome. Eis um trechinho: "A picada da mosca azul inocula nas pessoas doses concentradas de ambição pelo poder. As pessoas, então, são mais receptoras ao veneno da mosca quando vivem situações nas quais dispõem, de fato, de possibilidades mais concretas de exercer um poder maior.''


Quase todos nós já fomos picados pela mosca azul. Só que a maioria esmagadora de nós não sofre as tentações, não tem a chance, a "porta aberta", a carta branca. É ter a doença, viver e morrer sem ela se manifestar!

(...) o DNA do homem é viciado em poder. Muito mais que dinheiro... no fundo é poder! O que faz um cara como Cabral - que tem dinheiro para 10 gerações - não ter fugido há anos do Brasil. Pelo contrário, ficou e continuou roubando para ter mais e mais e mais até ser pego! Só quem teve a faca, o queijo e o presunto de parma nas mãos, e recusou, é que pode ser chamado de 100% honesto! É duro entender isso, parece uma demagogia às avessas, mas o homem tem que se conhecer.

Há um antídoto para a picada da mosca! É abdicar de luxo (ou quase luxo) e ostentações, deixar de ser consumista, é ter o n° suficiente de sapatos, relógio, roupa, casa... e ser feliz. Todos que consomem e gastam, gastam, compram, compram, tem o veneno da mosca... nem todos tem a doença... mas é uma questão de tempo e/ou de grau da tentação. Obs: nem sempre a tentação se dá de forma ilícita! Um casamento por interesse, por exemplo, é a manifestação do veneninho...


Texto sobre o Moro:

Texto do escritor, tradutor, jornalista, cronista, radialista e professor universitário, Juremir Machado da Silva (aquele que se demitiu no ar, durante um programa na Rádio Gaúcha, em que não lhe foi permitido entrevistar o coiso):


''Faz tempo que a mosca azul picou Sérgio Moro. Ele sempre se apresentou como um juiz imparcial.


Por simples circunstância, nunca condenou tucanos. Por outra circunstância dessas da vida o seu foco foi o PT. Por necessidade, teve de publicar aquele grampo ilegal que levou ao impeachment de Dilma Rousseff. Por outra reles circunstância, condenou Lula o mais rápido possível com escassez ou falta de provas. Foi só coincidência que o TRF-4 tenha confirmado sua sentença em tempo mais rápido ainda.


Moro sempre foi imparcial e neutro. Por circunstância, teve de cancelar uma ordem de instância superior para impedir a soltura de Lula. Azar da hierarquia e da falta de atribuição legal. Nunca lhe passou pela cabeça influenciar eleitores. Não passou de coincidência a sua liberação da delação de Antonio Palocci bem no meio da campanha eleitoral. É claro que ele não pretendia prejudicar as chances do petista Fernando Haddad.


Sérgio Moro nunca teve lado. Ele sempre foi tão imparcial e apartidário quanto o MBL, Kim Kataguiri, Alexandre Frota e Janaína Paschoal.


Não passa, portanto, de coincidência que Jair Bolsonaro, presidente eleito pela extrema-direita, tenha querido convidá-lo para seu ministério de técnicos imparciais. Sem as decisões circunstanciais e neutras de Moro, Bolsonaro talvez não tivesse chegado à presidência da República.


A imprensa internacional não consegue compreender o Brasil. Algumas manchetes: Financial Times: 'Bolsonaro nomeia juiz que ajudou a prender Lula'. The Times: 'Bolsonaro promete emprego sênior para o juiz que prendeu o seu rival'. Malditos comunistas britânicos. Arre!


O jornal francês de direita, uma espécie de Estadão sem o golpe de 1964, foi descritivo: 'O juiz que derrubou Lula será ministro da Justiça de Bolsonaro'. Nada mais justo? A justiça brasileira está de cara. No popular, Moro saiu do armário, passou recibo, revelou o tamanho da sua vaidade.


Bolsonaro entregou: 'Parecia um jovem universitário recebendo diploma'. Mais feliz do que pinto no lixo. Deslumbrado com o poder recebido. Se faltava um atestado, está dado. Moro, o imparcial, revelou seu lado.


Foi a mosca azul.

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Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.