Das Loucuras (sexo, drogas e jazz)
“- Menage?
- Não, obrigado...
De duas pessoas desapontadas comigo já bastam os meus pais”
Passei pano para uma menina que me desapontou
Hoje eu já iria preferir passar um café...
Talvez, quem sabe, por obséquio, chamar para um rolé
Mostrar quem fui e, agora, quem sou.
Sabia que a vida fluía, e o fluído descia à vontade
Sabotando vontades; quiçá um guisado de poesias ralas.
O sonho alimentava a ansiedade, vontade de azul, mar, liberdade...
Expus meu espirito ao lado de outro e preparei minhas falas.
Quanto vale o meu orgulho empanado?
O amor quebra as barreiras, faz sua sombra e anda ao lado.
Os cabelos brancos chegaram, mas nem sinal de apatia
Foi tia, amiga; é avó, amiga... e quem diria...
Nem pensa naquele lance de “do pó ao pó”.
Mas a mim voltamos,
Minguado, às vezes; feliz, quase sempre
Algum leite derramado, bem lá do passado
Que não quero passar nos próximos anos.
Cercado por natureza e sempre com dúvidas e certezas
Sem escrever à toa; sem bagunçar a esmo
Em variantes variadas – mas bem-vindas
Cheguei às alturas nunca antes vistas...
Não fazendo mais vista grossa para mim mesmo.
Em tradições e contradições
Empreguei minhas forças e arregacei as mangas
Subi num pé de manga e fiz orações
As loucuras e sacanagens guardei num canto da garagem
Está lá, dando bobeira...
Em uma caixa escrito “me esqueça”...
E como sei que obedeço à beça
Sempre vou lá para tirar a poeira.
André Anlub®
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