Das Loucuras (detetive às avessas)
É um trabalho de detetive, que teve que ser feito...
Daquela maneira certeira,
Mas levemente boêmia, lazeira, cervejeira;
Um litígio sem deixar vestígio;
Um desencontro pronto e premido...
Vestindo em si próprio a carapuça de bandido.
O peso que pesa mais nem sempre é o mais pesado;
Talvez o de principio nada penoso seja excomungado.
Ela quer selvageria na cervejaria ao lado...
Colarinho branco; banco assaltado; barco naufragado...
Ato iludido indevido é sacrifício real e desfigurado.
Muito “ado” remete ao tumultuado viver,
Dentro de um “crer ou não crer”.
Abre portas, fecha torneiras...
Milhões de besteiras nesse cotidiano emoldurado...
E as molduras:
Há ostentações sem nexo, outras não...
Há labirintos em sonhos, outros acordados.
Tudo colapsado na ansiedade de se colocar a mão.
Entregue às traças, todos se comportam como soldados,
Segurando e puxando os cordões...
Apitos tocam acordando o covarde,
A mando de um desmando pré-fabricado,
Vem há tempos sendo moldado em vaidade
Quando ouve de dentro do canhão as orações.
Vai vivendo empurrando a doença
Com sua fofa e farta barriga...
As lombrigas agradecem;
As ferrugens festejam,
As almas adoecem...
Pouco sem importa com o que quer que seja,
A não ser com o fim da festa, a cereja do bolo
E seus quinhões.
Tudo aquilo, tudo isso,
Todo fim, todo o início...
E, enfim, quem o espera?
O mais espaçoso dos caixões.
André Anlub®
(30/7/19)
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