Das Loucuras (epílogos e metempsicoses)
Quem cala consente;
Quem fala call center!
Faça o que eu minto,
Mas não faça o que eu faço.
Tem carma que não é carma,
É licença poética do destino.
Ao som de um jazz,
Ouvem-se as insanidades ronronantes
Que trazem tudo novamente...
E sem compromisso – assim, como antes.
E os heróis estão chegando, e não estão sozinhos.
As ambições poluem o ar, como um incenso maldito,
Atravessa a barriga, da espinha ao umbigo, de mansinho.
É icônico, mas acordará o mundo com o seu grito.
“Alagados, Trenchtown, Favela da Maré”...
Ninguém gosta dessa exposição!
- A do Guggenheim?
- Sim!
- E sobre quem é?
- É, sobretudo, sobre todos...
É sobre Maria e Zé. - Alfinetou Hyde.
- Mas sobre quem mais é?
E Hyde riu!...
- Sei lá! Ninguém quer arrumar briga.
E o Doutor Jekyll se despediu.
E o senhor Hyde disse: me liga!
Fato consumado, passaremos ao próximo estágio:
Sob o domínio da inspiração, iniciou-se assim a ação...
O som da premissa fica a cargo de Chico Freeman.
Entrega-se o ouro ao bandido,
E no mesmo momento o bandido à justiça.
Sonha com aquele Mustang
Com banco de couro, cara de novo
E Cara Delevingne na direção
(talvez fosse a Ana de Armas).
Torturas à parte,
Tortilhas espanholas reparte,
Um sorriso, um amasso,
De Hollywood um maço...
É março em plena estação.
O apetite se eleva ao espaço,
Ficou “amarradaço”...
Mas a loucura permanece doidinha
Com os cascos no chão.
André Anlub
(Petrópolis – 26/11/18)
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