imagem: Irina Starshenbaum
Dos desvelos (como som melancólico que segue invadindo)
Até coloquem palavras em minha boca... Mas que nasçam poesias.
Abrasador ao íntimo – sem dor – toca e preenche e compreende ao completo;
Na mais alta altitude que o anseio ressoa, e é tênue e desconcertante.
Toda uma terra estremece em todo o corpo que balança
E merece o céu no sol e a luz da lua na luz do teto do tato e do tudo.
Namoro e sinto e choro e aprovo e comprovo o sopro e aguardo, e você.
Mas é mais mar que observo e sou servo ao todo... E amo.
Vem, vem como variante, pé e pé, paz e paixão, marcando no solo – selo;
Como ao chão e ao sentimento é um sucinto sinal sagrado, afetuoso,
Pois não censura, nem corta nem cura, o soco solitário do colosso:
O banho ao calor em chamas, supina alma à sua presença... E amo.
Solos secos castigados, que fenderam em frangalhos de raios antigos...
Ficam no aguardo das águas em rios em milagres em lágrimas em circo em cio...
E vieram e vigeram e ficaram e fincaram... E amo.
André Anlub
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