25 de fevereiro de 2017
Enigma de uma charada
Enigma de uma charada (2009)
Lindos olhos negros
Fuzilam, penetram
Soletram-me.
Anseios obscuros
Menos puros
Tão sinceros, mistérios
Charadas de alguém
Do além.
Profere baixo, sussurrando
Aos prantos.
Língua estranha
Na entranha
Talvez Esperanto.
Confusas, obtusas, sem nexo
Sem moradia.
Conquista-me?
Uma pista...
Sou alquimista.
Estrada apertada de lama
Chuva, cheia de curva
Turva.
Agulha em palheiro
Pingo d’água em oceano
Enorme engano.
Estava presa, represa
Furto, pequeno furo
Forte.
Amor
Furo que se propaga
Sul para o norte
Além da vida
Além da morte.
André Anlub®
Nos olhos dela
Nos olhos dela
Tiramos férias dos problemas
Da equação sofisticada
Inexplicável teorema
Da alma não lavada
Infiéis amores
De um falso poema...
Tiramos ferrenhas férias das pérfidas cores,
Em tons errados, “ferrados”, penosos matizes...
Como Matisses falsos, altivos dissabores.
Mas jamais tiramos férias
Da imaginação em aquarela
Verve que ferve e grita
Canto dos pássaros
Paisagem da janela
De um coração que palpita
Da pureza que se acredita
Olhando nos olhos dela.
André Anlub®
24 de fevereiro de 2017
Laço em pingo d’água
Laço em pingo d’água (Fev/2011)
Um amor quase impossível
Dividido e abstrato
irremediável, irreversível
Sem visão, sem olfato
Sem audição, paladar e tato.
Buscando sair do ostracismo
Além do mais querer
Além de tudo que é vivo
Além do mero prazer.
Se revirando em mil
Conquista a ser feita diariamente
Um enlouquecido jovem senil
Mil e uma faces, disfarces, vertentes.
No âmago do coração
Infinitamente se chamava amor
Tão longe do alcance das mãos
Tão perto do alcance da dor.
Princípio ativo do fim
Primórdios de uma paixão ainda crua
Ilimitadamente para dizer sim
Mas o “não” ainda perpetua.
Busca consolo em quem te quer
Pena não existir tal figura
Roubando o coração de um qualquer
Castrando a paz, implantando amargura.
André Anlub
Pequena grande história de Glorinha (26/5/14)
A carne de sol recheada com queijo coalho
A mesa farta de tudo que é local.
Da seca ao céu, do pó ao pó,
Glorinha fez as malas, afinou as falas...
(...) abraços a Caicó.
O ontem ficou refletindo agorinha
Quando a Glorinha arteira chegou pela primeira vez à areia,
Fincou a faca de pão refletindo seu rosto risonho
Realizou seu sonho e desmaterializou todo o mal...
(...) em frente ao mar.
Glorinha de glórias, de prantos e preitos,
Rosto delicado, nariz fino e trejeitos.
Andar leve que faz breve um prever alegre
Desertos de frutas, de nuvem e de sal...
(...) Macau, seu novo lar.
Glorinha rainha, concubina dos livros...
Fixando seus olhos na nova leitura,
O café requentado esfriou novamente,
Fez claro, evidente, o interesse escondido.
Glorinha agora gosta de revista em quadrinhos
Devoradora assídua e sonhadora gritante
Lê, aprende, escreve e ensina
Fez disso sua sina, levou pra sua terra distante.
Andre Anlub
A carne de sol recheada com queijo coalho
A mesa farta de tudo que é local.
Da seca ao céu, do pó ao pó,
Glorinha fez as malas, afinou as falas...
(...) abraços a Caicó.
O ontem ficou refletindo agorinha
Quando a Glorinha arteira chegou pela primeira vez à areia,
Fincou a faca de pão refletindo seu rosto risonho
Realizou seu sonho e desmaterializou todo o mal...
(...) em frente ao mar.
Glorinha de glórias, de prantos e preitos,
Rosto delicado, nariz fino e trejeitos.
Andar leve que faz breve um prever alegre
Desertos de frutas, de nuvem e de sal...
(...) Macau, seu novo lar.
Glorinha rainha, concubina dos livros...
Fixando seus olhos na nova leitura,
O café requentado esfriou novamente,
Fez claro, evidente, o interesse escondido.
Glorinha agora gosta de revista em quadrinhos
Devoradora assídua e sonhadora gritante
Lê, aprende, escreve e ensina
Fez disso sua sina, levou pra sua terra distante.
Andre Anlub
23 de fevereiro de 2017
E é assim...
Antologia Virtual CEN – de Fevereiro de 2017
Parceria de Portal CEN – “Cá Estamos Nós” e Centro Cultural de Maria Beatriz -
http://caestamosnos54.blogspot.com.br/2017/02/antologia-virtual-de-fevereiro-2017.html
Nova vida
Veio forte batendo de frente, cadenciando o coração...
Aceito então! Com os devidos encargos.
As ações estão evidentes, transparentes e pensadas;
As emoções vêm dispostas, bem-vindas e em explosão.
Erros passados são páginas viradas;
Erros novos são novas desconstruções.
Estaciona, faz a casa e alimenta de cor os dias;
Massageia com mãos de Fada, sublimemente, sublinha a mente.
Evidente: o cuidado se faz presente com seu frêmito,
No aspecto do recíproco, do respeito, do respiro.
Leve e esplêndido como pluma que só sobe,
Em frenética calefação, em ação e em rodopio.
Acertos novos são páginas adornadas, reescritas,
Na ponta do lápis que desenha e escreve nova vida.
Andre Anlub
E foi assim...
Pink Floyd, O Rappa, Stones ou Jesus Cristo... fases de um mesmo Eu.
Faço dos meus "Deuses" o alter ego da minha consciência.
Sonho sonhado só é só sonho. Mas há o sonho que se assina assanho; e quando sonhado junto torna-se quase utopia.
Nas ondas da arte navegam a sensualidade, a sensibilidade, o dom, o som e o tom; enfrentam tempestades de críticas e chuvas ácidas de mentes e bocas que se dizem nobres e imaculadas... Mas não são.
Não vim ao mundo para durar; quem dura é pilha de marca e conselho de avó; vim ao mundo para fazer o que gosto, ser feliz e ter qualidade de vida à minha maneira. Vivo sem me preocupar com o tempo de estadia.
Ótima quinta
Foto: Antologia que participei em 2011!
Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e – quem diria – com fisionomia de abstêmio, perfume de absinto e sorriso de feijão-fradinho.
22 de fevereiro de 2017
O psicopata de si próprio
Fotos: amigos das antigas (parte II)
O psicopata de si próprio é tão amargo quanto o mundo que o cerca. (Tarde de 21 de junho de 2015)
Eis aqui o sabichão, o homem da hora, o dono não só do pedaço, mas da coisa inteira; detentor de grande imaginação ele pensa ser dono, ou pelo menos conhecer, toda a sua completude. Não sabe que é nada além de um minúsculo, ínfimo e insignificante ponto nessa rua, dentro desse bairro, dentro da cidade... e por ai vai... Mas para não ser prolixo: ele é um naco de necas dentro do universo dentro de universos. O ser além do que é si próprio, enxergando um chifre na cabeça do unicórnio, sente-se maior que o mundo, melhor que o mundo, é dono de tudo e todos. Mas o dia fatídico chega, a manhã que nunca deveria ter ocorrido, e ele abre o visível e precioso espaço vazio, o oco, o eco, o eca, que já iria ser aberto algum dia (com ele morto), e coloca um pequeno cérebro dentro, um resquício de alguma coisa, aquele caroço de feijão ou semente de milho que sai ao defecar... Agora ele pega no tranco – então acaba a presunção e a navalha corta toda sua vida, todos os seus sonhos – seu vil e fétido ego –; corta seus pulsos e prepara a forca; agora ele descobre quem realmente é, e o pior: ainda está vivo! A sangria é enorme, tiro de quarenta e cinco em garrafão de cinco litros de vinho... O fluxo é farto, intermitente, mal cheiroso, de coloração baldia e horrível; a sensação de remorso é um osso duro de roer, é um pito de cigarro de quinta (Hollywood sem filtro), é um aperto bem apertado no peito (um nó cego); e tão forte, tão absurdamente forte, que ele morre aos poucos (aos porcos) por dentro, em uma tortura calma e silente; como um ácido com limão e vodca correndo sem pressa pelas veias, sorrindo e cantando Stairway to heaven, indo de encontro ao seu encéfalo. Agora ele fenece, e se liberta, e torna-se algo: o morto.
André Anlub (21/6/15)
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Biografia quase completa

Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Ontem tarde esqueci seu nome... Mas hoje cedo me lembrei de que isso não faz/fazia/fará a menor diferença. As melhores opções nem sempre s...
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https://www.facebook.com/photo/?fbid=8464289903657210&set=a.831681423584801 50 milhões de dólares pelos vídeos do Justin Bieber fazend...
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A propósito das declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a descriminalização do aborto no Brasil. ...