22 de setembro de 2010



O DONO (Íntegra)

Pulando de nuvem em nuvem
Jogando bola com o sol
Pintei o arco Iris de preto
Mostrei a língua pro furacão
Usando um vulcão de privada
Canal do Panamá de piscina
Posso estar em qualquer estrada
Posso dobrar qualquer esquina
Eu uso a Itália de bota
Bebo a Via Láctea no café
Sou Deus que troca Venus pela lua
E depois me escondo onde quiser
Tudo eu posso e faço
Tudo com minha criação
Poeta da tinta do espaço
Sou dono da minha imaginação
Buscando plenitude e paz no dia a dia
Nas águas límpidas do saber viver
Achando sempre muito mais
É assim que tem que ser
Choro por muitas vezes sem motivo
Posso chorar por você
Estendo a mão a qualquer inimigo
Simplesmente por não querer vê-lo sofrer
A luz e o sol se completam
Mesmo sem se tocarem
Faço inimagináveis incógnitas
Sou vultos por todos os lugares
Quebro a barreira do som
Posso fazê-lo ou não
Mas mostro o poder maior
Que é grande nesse meu dom
Falo em línguas estranhas
Olhe por todos os ângulos
Dono de todos os tesouros
Mestre de todas as façanhas
O som das ondas é meu grito
Refugio das manhãs tristes
Um vulcão que sangra com meu sangue
Dias mais que felizes
Deito-me devagar vendo a terra tremer
Sempre ao levantar, meu suor, orvalho
Piso na neve para fazer planícies
Com poesia choro chuvas sem querer
Na escuridão de um fechar de olhos
Pensamentos voam como falcão
Vagueiam em um amor que nunca existiu
Falhas de canyons, rachaduras do coração
Estar irritado é impossível
Extinguirá a vida e o mundo
Sou totalmente previsível
Nunca serei um moribundo
Acordei um pouco cansado
Pensei em apagar o sol
Dei um sorriso mal humorado
Fui caminhar dormindo acordado
Bebi toda água do rio Negro
Usei uma nuvem como espuma de barbear
Subi no cume do Everest buscando sossego
Mas já havia gente por lá
Com uma pirâmide palitei meu dente
Usei o lago Ness como espelho d’água
Fui para o Aconcágua, mas também havia gente
E lá rio Tamisa afoguei minha mágoa
Posso ser o dono, mas mesmo assim sou gente
Crio o universo, mas também me enfastio
Vou já indo para Marte como um indigente
Gritar feito louco como uma gata no cio

André Anlub

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos pela leitura.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.