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Sorriso da Hiena
Deitada sob a sombra da árvore de José
A lua aos poucos se movia para iluminá-la
Cantarolava uma melodia incomum, algo como uma sinfonia sem ritmo, sem fala
Odores de diversas origens se espalhavam
Para quem amava, eram prazerosos perfumes.
Como existe a variante do ganho e da perda do orgulho
É como ebulição da pura causa
Na hora que a água seca, mesmo que seja tarde, é valiosa
Como um embrulho sem fita, laço, cartão sem prosa.
Caminhando só, com os pés no chão, perdeu a identidade
Perdeu a sinceridade
Achou amargura
Colheu perdão.
Seu olhar perpetua-se em um passado próximo
Uma época boa de ilusões não descobertas
Um passado de campos e doces sons
Passado que lhe agradava em todos os âmbitos e sentidos.
Mesmo que não desmascarado tal tempo
Nem tampouco o reconhecia como monstro surreal
Tornou-se real e palpável
Felicidade estável
Um sorriso de hiena.
André Anlub
Diferente! Comecei pensando nesta bela noite de lua cheia e terminei a ouvir sorrisos limpos, como que varridos de qualquer impureza. Perfeito!
ResponderExcluirMarcia, é um prazer inenarrável tê-la aqui, junto com seu comentário fica ainda melhor! Seja sempre bem-vinda!
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