SÓ MAIS UM SER
Dou mais uma chance a razão
Saindo do meu refúgio careta
Vago na galáxia dos incertos
Sem querer povoar nenhum planeta
Me lembro de uma época remota
Uma casca de ovo inquebrável
Por dentro um grande tesouro
Por fora muro branco sem porta
Sinto grande aperto no peito
Respeito o meu modo de ser
No culto a beleza, piso com despeito
Uma rosa, espinho do mal querer
Com singela venda de fogo
Fico cego, quente e vaidoso
Quando toca-me quebrando a casca
Me forma um homem de um feto formoso
Muito além de mais tudo
Obtuso, convexo e concreto
Um vampiro banguela na boca do mundo
Um ser feliz, alegre e incompleto
André Anlub
Lindo isso.
ResponderExcluirAdorei.
Bjsss