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Cicatrizes
Sou eu...
Rosa com espinho que desabrocha
No silencio da gota do orvalho, sou eu...
Ontem o hoje e o amanhã, sou aquela
Ferida aberta que insiste a não cicatrizar.
Sou a lua, sou o sol, sou de carne, sou papel
A estrela mais linda nesse insensato céu
Criatura de mil fases, com alegria e tristeza.
Sou aquela que...
Ama como o cravo e a flor-de-lis
Amo-te por inteiro em você vejo a luz
Em mim o teu descanso de guerreiro...
Mas e eu? Eu sou...
O próprio guerreiro ferido
Mas que ainda peleja por teu amor e glória
Que te abraças, ergues e idolatra.
Por entre mundos e dimensões...
Enfrenta o frio, calor, demônios e dragões!
Sou a gentileza, e de tuas belezas as mais puras sedas
Ser mais amado, no âmago nunca enganado
O toque sutil, que te envolves em um prazer ínfimo
Sou tuas geleiras, em tempos acamados
Tuas cem cicatrizes de tuas vis veredas.
Somos um e outro
Brado e sossego
Sendo um no outro
A mais divina inocência!
Fabiana Mariano e André Anlub
Imegem: Web
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