Anti-herói
filósofo
(André
Anlub®)
Não
me acostumo a recear paixões
Em
qualquer esfera
Já
com meus quarenta e poucos anos
Afortunado,
burro de carga
Nos
caminhos da vida
Em
estradas esburacadas
Dias
nublados
Na
fome, na sede
Na
imaginação.
Será
que sou anti-herói filósofo?
Que
tem a cabeça dura de pedra
De
frágil esteatito
Que
tem perigosa peçonha
E
usa para criar o antídoto
Que
tem o coração guardado
A
sete ou oito chaves
Mas
deu cópia aos amigos.
A
meu ver o amor foi descoberto
Na
era Cenozoica, período Quaternário
Perdidos,
corações de artistas
Traçados
rupestres
Ecos
de pesares
Nas
paredes das cavernas
Nas
mentes apaixonadas.
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