Segue a vida
Pegou o velho caixote,
pode ver por cima do muro,
ao longe o sol se camufla
por trás da enorme mangueira.
Pássaros sussurram besteiras,
sementes são dadas ao mundo,
crianças brincavam de gude
e nada rude o cavalo e seu trote.
No grande terreno baldio,
um cão magro tirava um cochilo,
infinito o calor corriqueiro,
o verão que ardia bendito.
E a vida foi passando voando,
os anos trouxeram um filho,
o milho que virou canjica,
a jaca na compota adoçando.
Fez fogueira do velho caixote,
agora já tem mais altura,
o homem que ontem pixote,
o xote já dança na rua.
André Anlub®
(21/10/13)
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