O desafinar da poesia
Malucos são os que tempo perdem
Nas ingênuas redundâncias da vida.
Loucos nas frias vielas imaginárias,
Procurando a boemia das letras mal resolvidas.
Para uns a criatividade à toa usada,
Que se foi como palavra torta,
Reaparece (eca), eco já escrito,
Falsa novidade numa maquiagem mórbida.
Mas não nos cabe nem o justo julgamento,
Pois jumentos tem sua breve serventia...
Na ladeira desce o ego, valentia.
Contudo, naquele por do sol ao longe,
Vê-se a luz no fim do dia
Refletido na gota do pranto etílico,
Que cai por baixo de uma máscara sombria.
Quiçá um Ícaro atual
ou um ébrio exculpar.
Mas no final, somente se via
(eca)
O desafinar da poesia.
André Anlub®
(01/04/13)
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