Nossos Litígios
(André Anlub®)
Pelos nossos próprios litígios
Tentei organizar nossas vidas,
Apagando insensatos vestígios
E acendendo e excedendo as saídas.
No doce ninho, que mesmo em sonho,
Onde criamos rebanhos, rebentos,
Em águas límpidas que fazem o banho,
Depurando, em epítome, nossos momentos.
Amontoando em vocábulos certos
Vejo e escrevo em linhas tortas na alma.
Optando por esse amor na justa calma,
Nos beijos que expulsam demônios e espectros.
Na sensatez do amor verdadeiro,
Vi-me lisonjeado por ser o primeiro:
(O real, fiel e o ardente)
Sou o qual lhe agarra a unhas e dentes,
Sendo o mais perfeito da paixão, mensageiro.
Mesmo se somassem todos os números e datas,
Secassem todas as águas do planeta,
Encharcando sua face que no ápice da tormenta,
Sempre responde com lisura imediata.
O ardor do âmago do seu ser
Acabou apagando minhas rinhas,
Nesse bem querer de minhas linhas:
Só, e mesmo cego, posso lhe ver.
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