Arte nos olhos
(9/10/12)
Arte que brinca com a bola naquela velha praça,
Bermudas rasgadas, pés sujos e mente limpa.
Vento que sopra quente na respiração ofegante,
No belo guache que brilha.
Arte que vai a fundo à aventura,
Velho barco em velhas águas inóspitas...
Meio tombado, marrom e pôr do sol,
No óleo sobre tela banal.
Arte que imita um deus,
Imagem inebriante de dimensões erradas...
Casas pequenas, homens gigantes,
Na arte Naif com acrílica.
Arte que joga os dados,
Corriqueira, que dá o ar e o tira...
Que sustenta um corpo pagão,
Pastel seco ou carvão,
Na aquarela da vida.
André Anlub
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