Dos puros ares
Encontrei-te em um dia frio,
No desvio que peguei na vida;
Enfim fechei a penosa ferida
E a paixão tomou conta do ar.
E esse ar de ingênuo sonhar
Penetrou pelas quentes narinas,
Invadiu meus pulmões, fez inflar,
Chegando na corrente sanguínea
Como um rio que desagua no mar.
Não tem mais vil acordo
E no meu sangue que estanca
Acordo da vida vazia;
Corto a corda da forca fria
E flerto com a flâmula branca.
André Anlub®
(20/5/13)
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E por fim...
Ela quer recuperar a autoestima,
Não ser a vítima dentro da situação...
Na contramão de um sorriso largo,
Na contradição de um fácil enigma.
Não quer falar nada sobre o salto alto,
Nem a inocência da criança interior.
Não fala do caro perfume de barato odor
Que ao apreço e ao berço impregnou.
Traz má sorte ver a cara da morte
Antes de consolidar o casamento.
Se for para elogiar, que seja seu consorte,
Se for para ferir, que seja o mundo inteiro.
Se há algum segredo nos que cultivam medo,
Deve ser mostrado, pois o solo é sagrado;
E se o mesmo é fértil (produz belos rebentos)
Esconde-se o erro, fere a fogo e ferro.
André Anlub®
(04/04/13)
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