Anéis de ouro branco
(27/7/13)
Teus anéis de ouro branco,
Brilham como os dourados;
São de dureza feito ferro,
Redondos como o globo.
Anéis como tu és:
Valiosos e únicos,
Carregados com gosto,
Mas que ostentam a penúria
De serem vistos e terem utilidade.
Tu viajas onde divagas,
Devagar, reages.
Vives na teia da aranha que abraça o todo:
O mundo, as pessoas e os desejos.
Na elegância que tens,
Encontras versos na ponta do lápis.
E todos tem dito:
- como é bom ler-te, cada letra,
cada frase, cada verso...
A união das palavras em coito vivo.
Está ai, pra quem quiser ver:
- a paz e o amor!
Que saem do coração e derramam
Em delírio, em choro e grito.
Falaste que a inspiração
Havia encontrado o fim,
Perdendo o ritmo, sem voz no coro.
Os anjos não voavam nos sonhos,
E loucos, sem as flechas, em vestes brancas,
Riam das caretas das carrancas.
André Anlub
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.