Fardei-me de manhã cedo, perfumei-me de aurora, embarquei na alvorada e me enfiei pela música.
É assim que acho certo, feito cachoeira no deserto – um Saara e uma cerveja.
O que me chama na música além, muito além da areia queimando os pés
É tal tom que na tua tez, na tinta tatuada o tautograma quebrado, fez-se adequado para tocar-me,
Para atravessar o sentido de estar vestido das manhãs e revestido de esperanças.
Mais uma vez acordei: vi meu corpo opaco nos teus olhos belos, verdes, no teu sorriso amarelo, mas tão esperado – benfazejo,
Benfazejo como o deserto quando não deserta, quando não deserda, quando é música e eu vou à música.
Agora posso deitar-me, pois assim deu-se o dia com nossa melodia, simples maravilha do amor em ter-te inteira – doce faceira – cria da insana fantasia.
Rogério Camargo e André Anlub®
(8/12/14)
ResponderExcluirMuito interessante. Gostei, apesar de não ter lido os anteriores.
Quisera eu, escrever assim,
Abraços