Engatinho na escrita e na arte, feito criança sapeca, levada;
vou de encontro ao bolo ou a bola, entro de sola;
mergulho no sonho totalmente cego e sem ego, sem pretensão de ser nada.
Lá no final de tudo, onde o grito é mudo, quem sobrevive é o talento.
Da arte
(20/3/12)
Primeiro marquei meu horizonte
Em um traço negro em declínio,
Deixo a inspiração fazer domínio
E depois me embriago na fonte.
Pintores são fantoches e fetiches,
Sobem em nuvens, caem em piches;
Respiram a mercê de sua cria,
Bucólicos profetas à revelia.
Tudo podem e nada é temível,
Nem mesmo perderem o dom,
Sabem o quão infinito é o tom.
Seus corações de loucos palpitam
E no cerne que eles habitam
Saem às cores do anseio invisível.
A arte é muito além do coerente, é avesso e infinito,
é forma ou desforma;
a arte não se envolve com quaisquer opiniões,
existirá de qualquer forma.
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