O amor endossa, emboça e adoça a vida.
Me apaixonei num sonho
(André Anlub - 10/6/14)
Nenhuma noticia do juiz cruel
E seu dedo funesto e tremulante;
Nem por um instante,
E dou graças aos deuses,
Deu sinal.
E cabe quando, a qual, a quem afinal,
Vestir o corpo com a tez do pecado?
Eu não, e por enquanto sigo no não...
Não sou réu aqui, sou sonho,
Aqui sou o que, o qual, e quem quero.
É sim me apaixonei no sonho
E como ela é, não digo.
É sim, pois aqui nada é pecado,
Nada é mutilação, traição, tampouco mau gosto,
E não existe nada de oposto,
Nem mesmo a contradição.
Esse sonho não é feito para olhos alheios;
Até mesmo a escrita é em linha reta
Sem partida – chegada, sem meta,
Sem nem ao menos “os meios”...
(boa merda).
Mas qual graça teria ser e ter o perfeito em volta
Sem a vida às vezes em reviravoltas,
Sem solda nem fenda,
Sem pouco nem sobra,
Sem erro ou acerto?
(boa bosta).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.