Trago e sinto as soberbas lanças
(André Anlub - Março – Maio/2012)
Trago-lhe um arranjo de vidas,
Colhidas nos jardins das saídas,
Nesse exato momento.
Espero alegrar o seu dia,
Quebrando a evidente desarmonia,
Dando luz ao asilado encantamento.
Sinto muito quando meu coração aperta
E nesse aperto ele grita, se expõe e seca.
Compreendo pouco quando fingem indiferenças
E nesse embuste são vítimas de seus próprios estratagemas:
- Assim não sana a ética
- Assim que sangra a estética.
Na despedida da justa causa da vida,
Com raro aroma de quero mais:
Faço da presunção inimiga
E digo ser gratificante a paz.
Uma nebulosidade me persuade
E fico com receito de satisfazer meu arroubo:
Mas meus pés nesse solo quente que arde...
Não conseguem permanecer sem meu voo.
Sabendo que tenho como objetivo o empíreo,
Muito além que os olhos dos normais alcançam:
Quero deixar aos mortais o extermínio
Que provem das minhas soberbas lanças.
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