O canal Arte 1, em parceria com a Associação Casa Azul, organizadora da Flip, apresenta uma série de vídeos com artistas...
Posted by Arte 1 on Quarta, 1 de julho de 2015
Essa metafórica escuridão
Saiu do incoerente ostracismo,
Viu a luz do dia e subiu
Até a nuvem mais supina;
Fez vigília
Até que do nada resolveu
Tornar-se arco-íris.
Os tais anos ainda não vividos
(André Anlub - 21/4/14)
Faça com seus brinquedos de montar
Aquele casarão da sua imaginação.
Coloque janelas aos montes,
Para nos dias escuros a luz chegar farta
E em dias frios o sol entrar com afinco.
Coloque enfeites nas paredes
E para consumir o tempo
Coloque quadros dos mais confusos.
Vieram nuvens gordas e ondas gigantes
Trazendo o receio e uma água mais fria.
Vieram estranhos trazendo bebidas
E com o sol escaldante
Acenderam a euforia.
Não os tema!
São apenas estranhos de boas intenções.
Alguns são pescadores de sereias
Que fazem vigília no cais;
E no caos do silencio das redondezas
Somente o choro baixinho
Dos inconformados.
Assim forma-se a tal “bola de neve”,
Já que o tempo é guerreiro
E alimenta o imaginário.
Assim se leva no jeito de jeito,
O que se faz de gosto
Na grama ainda mais verde.
Foi-se o corpo à mercê de mil ventos
Em asas longas de longas sombras
E penas douradas de puro ouro.
Passou ao lado do falcão peregrino,
Deixando seu som,
Sua beleza e pudor.
Acabou com a lamúria da vizinhança,
Transformando todos em agitados meninos.
Dorme agora...
O casarão iluminado pela luz da lua
Que entra pela janela da vida.
Sonha agora...
Mergulhando no silêncio da madrugada,
Alimentando-se da saudade cultivada
E também dos anos ainda não vividos.
Estou muito compenetrado
Nas minhas distrações,
A tal modo que me flagrei
Dançando sem música
E assim segui até o final do disco.
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