Corações
(9/6/13)
Nos corações ainda se ouve
O eco dos berros perdidos nos navios;
Gritos de dores e amores de ontem
Abafados pela cobiça dos sorrisos vazios.
Há rosas línguas dançantes,
Bailando em sonhos como bailarinas;
Na utopia de todo o montante
Misturam-se todas as etnias.
Tambores atravessaram o oceano,
Alegraram ouvidos distintos,
Na beleza do duelo nas rodas
Que são danças, lutas e ritos.
A origem de tudo que é hoje
Está exposta para quem quiser ver,
Desde o seu reflexo na poça d’água
Até a abusão cega e rasa
Dos que dessas águas
Jamais irão beber.
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