Hora do recreio
(21/9/13)
Quem será o guardião desse coração:
Tão intenso, raro e quente.
Nesse vai e vem do povo a cólera passa rente...
Tentando roubar o puro,
Esconder o tesouro,
Cavando um túmulo
E matando os loucos.
Tudo se transforma na fala
Da saliva da ponta da língua.
Na palma da mão que entorna a raiva,
Perdendo-se no céu anfitrião.
Sendo o alicerce mais forte,
Fez-se o castelo - nasce o coveiro...
Que rompe vis elos,
Enterra as contendas.
Encarcera o faqueiro que insiste no corte.
A verdade mostra para que veio
E o ópio evapora na veia.
Surge a sorte pisando na morte,
Tornando o instante um instante perfeito.
O som é mais ameno,
No feliz badalar dos sinos
Para a hora do recreio.
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