Das fadigas
São sete horas da manhã...
Despertador a todo vapor
Acorda e procura o chinelo...
O cão pegou
Foi descalço ao banheiro...
Urinou.
Olhou no espelho
Leve molhada no cabelo
Passou um pente
Lavou a cara
Escovou os dentes.
Vai à saleta da sala...
Liga os dois celulares.
Vai à cozinha...
Copo de leite e cumbuca.
Senta-se à mesa...
Cereais com fruta.
São nove da manhã
Chegou à labuta
Muito trabalho, muito malho
Enrola até a hora do almoço.
É meio dia
Caminha até a pensão ao lado
Hoje não tem nem trocado
Pendura novamente o almoço
O moço já fica irritado.
São seis da tarde
Bate seu ponto de saída
Entra na condução que já lota
Apertado, um inferno de volta
Quebra o ônibus na avenida.
São dez da noite
Chega em casa atrasado
A vida pra ele é um açoite
Cansado, só pensa dormir.
O fardo que tem que cumprir
Aos olhos de algum pessimista
É um elo que só faz desunir.
Mas ele carrega o lema...
Quando sorri e manda uma banana para a vida
A ela se faz recíproca
E dá alento às saídas.
André Anlub
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.