Nunca um céu se fez de feio;
Nunca houve uma cor de fogo.
Muitos galopes se ouviam à distância,
Eram quatro homens ao todo.
Ventos fortes surgiram num estalo,
Tiniram tsunamis do além,
O mundo esvaindo-se para o ralo,
Uns orando para outrem.
Os pecados vindos à tona,
Abandono dos vinténs,
Correria, fogo e ferro.
Almas perdidas vagueiam,
Feridas fétidas se abrem,
O belo em brasa se faz feio
É a tamanha tristeza que invade.
O firme fim não está próximo,
Já chegou e fez moradia,
O dia não mais existe – faces de melancolia.
Cães sem dono vagando nos destroços,
Idosos tentando se equilibrar,
Pessoas fazendo menções aos mortos,
Cogumelos de podridão a brotar.
Uns saqueavam o comércio,
Outros doidos deixavam para lá,
Olhos fracos ficando cegos,
Há um alvejado elo a se quebrar.
Todos nesse imundo mundo são réus,
A bola só, se partindo em duas,
O clã dos cavaleiros sorrindo no céu,
Pois sempre acha quem procura.
Armageddon II
Caçadores de cobiças e amores perdidos;
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas;
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido;
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.
Lenhadores brutamontes com machados cegos;
Filhos de escravas negras com índios,
São brancos com seus olhos claros de guerra,
Sem ego, mas com a ganância de buscar o infinito.
Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida,
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora,
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.
Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.
Para profetas macabros, sorrisos e benevolência;
São desumanos de meros vocábulos
Que voam sem asam, nem rumos,
E pousam fazendo injúrias nos castos...
No deserto em desuso das aparências.
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