Correndo pelo campo de tulipas,
Braços abertos e mãos espalmadas,
Uma leve garoa cai, refrescando meu quente corpo.
Paro de correr e me deliciar com a chuva
Para pensar em você...
Também paro de escrever,
E nesse escritório sonho acordado
Com seus lábios.
Pois nada mais interessa nesse momento
Quero rimar amor com prazer...
Tento voltar ao foco da minha escrita,
Seria um romance? – seria poesia?
E no desespero da causa,
Por mais que a mesma me machuque...
Afogo-me em citações famosas,
Pois sei que você iria gostar.
Cito Shakespeare, Sartre, até amanhecer.
Choro, como bem sabe que é de costume,
Pois é a única que me entende, me ouve e me lê.
Mas retorno à mesa vazia,
Com as anotações, o charuto e a bebida,
E de saída, sinto como um aperto forte no peito,
Uma insanidade que sussurra ao ouvido...
O lamento e o esvaecer da minha vida.
É no amor, e não há impossível
No verossímil da batalha à vitória.
Fez de fulgentes momentos – o invisível
E na equação da paixão a auréola simplória.
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