Das fagulhas (27/05/17)
As fagulhas da vida acendem as fogueiras mais esquecidas
Aquelas que pareciam extintas renascem reabrindo feridas.
Com o andar certeiro e sereno atravessa-se a estreita ponte;
Olhos firmes através do nevoeiro e nas mãos um livro de poesias.
Dentes que querem morder;
Pesadelos que querem morrer;
Os músculos não são minúsculos;
Ainda resta muita coisa a fazer:
Sinto e conto os segundos...
Estabelecido os limites, os lamentos derramam-se aos litros;
Criando inícios, possíveis meios e novos fins.
Há enfim o vulcão que explode por dentro e queima por fora...
Foi-se a aurora:
Põem-se ao por do sol as sublimes asas...
Tempos de açúcar e sal, mel e alguns temperos destemperados...
Mas a solução na contramão do tempo, sem lamento ou consentimento.
Atrelado no meu sonho de ter um barco há um poder colossal;
Ponho no papel – em primeira pessoa – a brincadeira que faço com as palavras.
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