Se expondo no círculo de fogo
Foi chama larga, longa, soava e suava na nave infinita...
A comunhão e o circo estão armados – e agora é pra já.
O incendiário e sua gasolina e seus fósforos e suas testemunhas,
São presságios de um tempo ruim, todavia laconicamente – sarava.
Reflita em tudo que faz disso normal; concentre-se e repense o intuito...
Nada boa essa pisada firme, homem na lua.
Nada bom esse meteoro no início do tempo em contradição.
O fogaréu surge na resistência da resiliência do corpo em chorume,
Andando e tateando torto como boi sambando no estrume,
Como morcegos sedentos na alma fervente de uma aflição.
Peito estufado, estafado; mão segurando a corda para a forca,
Olhar ingênuo, andar calmo, matreiro e a liberdade berrando.
Dá as caras, as cartas, faz aposta na pista; palpites errados...
Peito lotado de ar fresco; mente lotada de peçonhas e carrascos.
Na boemia dos sorrisos os copos transbordando dançam...
Gente saindo – chegando, as vozes ficam baixas e altas – todo ouvidos.
Será que brota compaixão nesse chavão vadio e malfeito?
Apressado, exprimido, voos altos e baixos – oprimido.
André Anlub
(19/5/17)
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