Nos olhos dela
Tiramos férias dos problemas
Da equação sofisticada
Inexplicável teorema
Da alma não lavada
Infiéis amores
De um falso poema...
Tiramos ferrenhas férias das pérfidas cores,
Em tons errados, “ferrados”, penosos matizes...
Como Matisses falsos, altivos dissabores.
Mas jamais tiramos férias
Da imaginação em aquarela
Verve que ferve e grita
Canto dos pássaros
Paisagem da janela
De um coração que palpita
Da pureza que se acredita
Olhando nos olhos dela.
Perder a esperança não é bom
Há de se armar melhor
Não falo só de roupas camufladas
Nem armas ou armaduras.
A guerra é covarde
E a vida é única.
Ouço o grito de Hades
Aprisionado no limbo
Jogando xadrez com si próprio
Com sua maldade sinistra.
Me sente e me olha
Pisca, coça o nariz e chora.
Minha foice o assombra
Minha sombra foi-se.
Estou em pesadelos
Em gigantescas tempestades
Na não salvação e não zelo.
Sou presença
Minha sentença é derradeira
E na cachoeira da sorte
Sou a seca
Sou a morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.