Pousando na realidade dos princípios, meios e fins, sem a presunção do perene; com a benção do meu cerne; voo novamente feliz e quando quero, dentro de absurdos devaneios, fora de obtusos horizontes, na serenidade que me confere. Não, não sou filósofo, nem profeta, minha linha não é nada reta; às vezes sou prólogo e prolixo, com muitas marcas e metas, enfrento, flerto e afago as cacholas abertas. Sou anárquico na minha lucidez e pragmático nas minhas loucuras.
Ao amor livre (07/04/13)
São muitas as trajetórias do amor
notórias escolhas, erradas ou certas.
O sentimento que navega em diversas veredas
em caravelas sem rumo, nos mares inóspitos
sob o fogo e as flechas.
Há a calmaria do coração silencioso
inimaginável adaptação da estrada
por onde, em sonhos
andamos felizes, cantando e admirando a natureza.
Também há aquele amor que irrita
e fica na mira dos dedos apontados
dos velhos julgamentos
das incontestáveis indelicadezas
e umbigos gigantes.
A inveja que beira o pérfido
a repugnância e a avareza.
Mas de nada adianta
pois é sobre o amor que se fala
e em decorrência dele
vivemos.
Eis a paixão palhaço
em que coloca-se, alegre, o nariz vermelho
armando o circo no leito
apertando o peito, suando as mãos...
Livres dos “nãos”
e dos preconceitos.
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