Dos Outonos
Já é outono...
Já é beleza.
Natureza com realeza e seus adereços
O endereço com a maior certeza...
É não esquentar cabeça com nenhum transtorno.
Há uma cidade com um parque no centro...
Não é o Central Park!
O amarelo e o carmim abrem o caminho
E mesmo sozinho nunca me perco.
Há uma casa com uma árvore muito cheia
No outono ela emagrece, fica mais bela
Pela janela, estupefatos, todos emudecem...
Contemplando perguntam aos quatro ventos...
“Merecemos viver essa loucura?”
Já é outono...
Já é formosura.
André Anlub
Nada poderá ser dito
Pois coisa alguma mudará o agora...
O concreto é espelho
São olhos verossímeis e diretos.
Nada poderá ser visto
Pois tudo é breu
Qualquer fagulha nesse espaço...
É como vulcão no vácuo
Tamanho sem poder.
Nada poderá ser tocado
Pois se não pode ser visto...
Onde estará?
Nada a se fazer
Absolutamente preto no preto.
De repente alguém saiba o que é para ser dito
Até tocá-lo com delicadas ou nervosas mãos
Quiçá vê-lo nitidamente
Aonde se encaixam o sim e o não.
Mas se estiver no âmago de um buraco negro?
Na fantasia de um artista?
Ou meramente no amanhã?
André Anlub
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