Vivendo no meu Norte
Ouvindo Dave Mathews em som baixo e
profundo
Através da pequena janela observo o
futuro
No meu bloco boto em ação a caneta na
mão
E tirados de meus túmulos traço trechos
em aliteração.
Projeto na mente assim, meio que oblíquo,
Como será a ilusão de agora o verdadeiro
de amanhã.
Sinto um gosto raro quando fecho os
olhos e mordo a maça...
A língua se agita em transe e sorrir em
paz me obrigo.
Lá embaixo águas passam; aqui em cima
são pássaros;
Construo um muro entre o amor e o
calafrio,
Jazo equilibrado em cima em sonhos
raros.
E me cobro da preferência de lado nesse
desafio.
Na ponta dos pincéis, das canetas, dos
dedos, dos segredos...
Está o meu mundo; está minha crença,
desapegos e brinquedos.
O café, o até, fico olhando, esperando e
concluo
Que está quase tudo pronto e no ponto e
pontuo.
É loucura, mas pertinente ao que o
imprevisto me aguarda;
Na retaguarda a muralha que não deixei
de mão – é muito forte.
Abaixo a guarda e entrego-me, peço
arrego – tiro a farda.
Sei que serão para sempre: minha ida,
minha volta, minha sorte e meu norte.
André Anlub®
(10/3/18)
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