Esgrimas
Há pontiaguda palavra que em parte perfura e penetra,
Amor não correspondido, angústia crua de outrora.
Florete de fogo, cremação de uma alma antiga no agora.
Peso e preso são pesadelos; sigilo interno é grito que alerta.
Novamente foco sua boca, dessa vez penso nela pintada,
Doutrinando-me na rotina e na retina, fazendo-me nada.
Amplifico o amor, assim – de gosto - me ecoarei na salvação.
Toda essa ação volta e abafa os medos, nada e tudo são em vão.
Explode, explode-me; corro e corroí-me feito uma coriza...
Ácido, assediado e assíduo assim sou seu então.
Nesse você e eu, lume e breu, o sol e a lua nos abriga...
Faz-me antiga cantiga, ciranda com fogueira e paixão.
Fujo, finjo, desejo e chego, a luz se mostra colorida...
Choro feito criança; rio ouvindo besteiras,
Descendo pelas pedras com limo, entre as margens floridas,
Molhando as roupas quase limpas das lavadeiras.
André Anlub
(18/5/18)
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