Das Loucuras (sem catinga e catiripapo; sem papo torto e furado)
Nos longos campos da Quinta da Imaginação
É você, o escudeiro amigo,
De sobreaviso e de antemão,
Avisa aos navegantes que não navegam, mas sim passeiam,
Que os quatro cavaleiros chegarão.
Trajetos e trejeitos; tiroteios tirando as teias da precaução,
Surgem em bares e botecos
Os ecos dos trovadores de plantão.
Angustia de não estar ao seu lado nesse momento propício;
Escalo o precipício, nem tão logo chego, mas já lhe vejo.
Aguarde-me gelando o vinho;
Espere-me temperando o peixe.
Em curto espaço de tempo, mesmo o espaço sendo infinito,
A saudade que bate, crepita fácil, feito um martelo em vidro.
Tudo nebulosamente remetendo aos papos antigos,
Papos furados, mas todos eram sempre bem-vindos.
Acalme sua alma, com calma beije e abrace seu menino
Tem cama feita, fronha e travesseiro de linho.
Há carma que não é carma,
Assemelha-se mais com uma licença poética do destino.
André Anlub
(2/7/18)
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