Acordei com desejo de tocar-te
Ver teus olhos abrindo devagar (meus baluartes);
Sentir o calor de teus abraços – acalorar do corpo
Beijar tua boca até dar câimbra no maxilar (meu escopo).
Acordei sabendo que laços podem arrebatar
Sendo todos pintores de arco-íris (íris só para te enxergar);
Responsáveis e loucos motivados (deuses e réus);
Tecemos a seda dos nossos próprios céus.
No mundo que os olhos são quatro,
És minha deusa, sagrada e áurea (pacto);
Tens-me em estendidas palmas (entrega);
Sou uma espécie de servo confesso, podado à rega.
Acordei mais livre como luvas descalçadas,
Com novos aforismos; com novas alçadas.
Poderei te amar com tenacidade (em nossa cidade);
Na igualdade e empatia de sermos um só.
Nó cego sem ego, de vontade própria,
Imprópria a olhos rasos – sem amores;
Ouço rumores que vasos podem até quebrar,
Mas não antes de refletirem o mar e acolherem as flores.
André Anlub
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