Talvez não seja minha flor que aflora
mas nem por isso não é fina flor.
Sei por que nunca mais o amor apavora
e por hora só tem transbordado em calor.
Se aquela serpente em gente,
travestida de gigante alquimista,
fingindo ditar as regras,
levando o montante às cegas.
Com voz doentia e intimista
tenta incendiar uma dor de outrora.
Mas, por Nossa Senhora,
meus ouvidos já conhecem a mentira.
Protejo-me no ápice da conquista,
pois a flor de látex também tem espinho.
Abrigo-me com humildade num ninho,
aprendo a voar como águia,
correr como água
e seguir o meu guia.
Talvez não sejamos culpados,
de amar e abraçar a esperança
em busca do céu azulado
que está a nossa frente, pintado
e se mostra aos olhos da vida.
André Anlub®
(24/9/13)
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