Quando fui moleque
Andava com minha magrela
No cemitério São João Batista
Entre as tumbas e vielas.
Nunca tive medo de morto
Mas tenho de vivos desgraçados:
Os com pensamento torto
E políticos com discursos aprontados.
Hoje tem manga,
Pés descalços para encarar a subida,
Alegria do doce na boca,
O melado no rosto
E a brusca sensação de ser moleque;
Hoje tem manga,
Ontem teve manga
E amanhã é mistério.
André Anlub®
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