Universo ou ilha
Os tempos antigos o deixaram saudosista
Feito um artista naquela casa, abandonado
Vivendo com a pensão do sentimento do altruísta...
Mixaria, moedas, merendas, sopa fria e pão mofado.
O machado não mais corta a árvore - ai de você mau-olhado
A melhor jogada é o blefe: bife de fígado acebolado
A semana se repete, mas nunca começa no mesmo dia
Se com sol é fria, no inverno faz-se o inverso da melancolia.
Não há mais sossego – dão-se logo as graças
No lago o apreço – doam-se lindas as garças.
Saltos ornamentais – em devaneio;
Loucos poemas – palavras soltas de Simone;
Poucos trompetes em melodias – do início ao meio
Belos pianos de Nina – esse é o nome.
Há pegadas de um rato de casa à ratoeira,
Que deixa o queijo e rouba a armadilha.
Há mãe com a filha em ditame que não é besteira,
Sem eira ou beira, sem universo ou ilha.
André Anlub
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