Venha, chegue mais perto,
Quero sentir seu hálito delicado e forte. Sopro de amor.
Agora chegue ainda mais perto e cole seu nariz no meu.
Quero entrar nos seus olhos, no mar infinito
E no universo negro e mágico onde tento ver o meu rosto.
Digo em alto e bom som como é bom.
Quero sempre fazer parte dessa história. É salutar.
Mas periga ser um vício.
É no início, na essência, onde bulo e reviro a memória.
Vejo que nessa guerra vale a pena lutar.
Ninguém vai nos dizer o que devemos fazer,
Nunca mais - não, não!
Com o certo ou o errado deles. Dos ralos, dos reles...
Limpamos o chão.
Acabaram-se as abobrinhas nas nossas mentes.
Nem se falarem hipoteticamente
Só verei as bocas mexendo. Sem som.
Agora há o costume de seguir o próprio caminho,
Escolher as pontes e portas.
Ficar frente a frente com o vendaval,
Sem o aval alheio, sem olheiro,
Sem frase feita e sorriso banal.
André Anlub
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