Árvore de Josué
Isolado no deserto, na sombra da grande árvore de Josué
Escrevo alguns singelos rabiscos líricos
Com o pensamento em nossa casa, lá, distante
Em nossos cães correndo, deselegantes...
Vindo de encontro a você.
Por um instante a alma estacionada aqui se eleva
- Não há treva nem angústia
Sinto meu corpo acompanhando
Por dentro de memórias e histórias sublimes.
Sentindo o belo em todos e em tudo
Caminhando na chuva por cima de um arco-íris sem cor
Surdo para qualquer som absurdo
Um banho de chuva e de glória.
Estou no alto e vejo-me pequenino sentado
Estendo as mãos e solto um dilúvio de letras
Elas se unem formando versos
Casam-se como bolas de neve
Banham minha carcaça, minha pele
Deixando-me ainda mais extasiado.
São dois de mim que se completam
Ilustrando para expor como me sinto
Porre de absinto de inspiração
Banho de chuva, seiva suave,
Que salva a todos – no tudo,
No corpo, no avejão.
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