Das Loucuras (Tal tempo)
O rio fica mais frio ao passar pela sua casa
A doçura do tempo que se quebra com ele
As coisas que vem e vão e se miram no espelho
São os deuses forjando politica na praça
Fizeram o exame sem vexame
Pois foram mordidos pelo enxame de abelhas...
As orelhas inchadas, as enxadas chafurdavam na areia,
E todos olharam com afinco todos os próprios erros
Esculpiram ali, reformaram aqui, o sangue corria na veia...
Agora deixaram só as cabras reclamando aos bezerros.
A mensagem exagerada foi dada
Os dados jogados aos jogadores de dados...
Os pés novamente na estrada
E os peixes sorriram quando tudo foi alagado.
A buzina na cachola chacoalhava suavemente a bandeira e o suingue
Danças e festas, rebeliões, pés frenéticos ao embalo sísmico...
E na China tudo estava num automático pensamento crítico,
Num liga e desliga de socos na guerra dos Boxers no seu ringue.
A mensagem dessa vez foi recebida
Ecoada na toada dos tempos cheios e tempos vazios.
A caneta na mão tremia com o frio,
E na estante a garrafa chorava vazia.
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