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Buraco da agulha
Passou pelo pequeno buraco da agulha
como um raro e sensato camelo franzino.
Deixou ao relento seu ego sozinho
e jogou num bom vento os versos nas ruas.
É no amor, e não há impossível
no verossímil da batalha à vitória.
Fez de fulgentes momentos, o invisível
e na equação da paixão, a auréola simplória.
Sim, eu conheço, sei bem dessas fábulas
sei qual o seu curso, bons e maus imprevistos.
Falam de alguns vícios, falam de absurdos
não provaram na língua o que dizem amargas.
Qual o passo difuso em logradouros de deuses?
O que fez um sol confuso no louro da Nêmesis?
E agora um velho e sábio seguia adiante
e passou novamente pelo buraco da agulha.
Ficou na agrura, pois não era um camelo
ao se olhar no espelho viu somente um gigante.
André Anlub®
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É como caminhar solitário na China
Comumente aparecem terremotos
Que abalam estruturas e enfraquecem terrenos.
Nas raízes das árvores, o lamento.
Nas artérias e veias, o sangue esquenta.
Há guerreiros e fantasmas internos
Munidos de lanças e espadas
Com a cabeça em redemoinhos
E sentimentos em explosão.
Há vidas passando em lembranças
Que surgem ao fechar dos olhos,
Nos quentes lençóis em frias noites
No fingir do embarcar nos sonhos.
As emoções são rústicos vigias
Que transitam pelas alamedas vazias,
Passando pelos tugúrios de pedras
Com suas luminosas lamparinas.
O lume dos candeeiros
Por dentro dos nevoeiros
Divide com o amor seu fulgor.
Sagrada inspiração
E o real do imaginário
São sombras no caminhar solitário.
André Anlub®
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