Das Loucuras (último escrito de 2018)
Sem rabiscos, pois não tenho mais 18;
Sem pernoite, sem biscoitos, tudo há tempos.
Livre dessa loucura que acabou me fazendo banhar na cura...
Vejo-me sem agrura dos maus ventos,
Mas não ainda do jeito que se procura.
O lá lá lá de Milton, de pano de fundo,
Um olhar vagabundo, de fim de tarde.
Já foi tarde o pensamento absoluto
De ouvir a certeza sem ter certeza de não ser surdo.
Sem abismos e que haja fomentos oportunos...
Sou cacique, sou xerife, fecho o tempo da maldade.
No pensar desse ano, fez-se engano nas pretensões de liberdade,
Dentro dos planos malfeitos, mal acabados ou nascituros.
É tudo ou nada?
Né nada, borra nenhuma...
Folha de taioba, tapioca e inhame em inhaúma.
Veio a chuva me trazendo segredos antigos,
Pelo comodismo estavam esquecidos,
Agora, pela destreza,
São lembrados com delicadeza.
Apuro em apelo – é puro – é verdade...
Mas isso seria voltar ao começo – não vem ao caso.
É a maravilhosa mão da vida
Deixando-nos a esmo (livre arbítrio)...
Sem árbitro, sem desprezo, sem brio sem ermo,
Vindo ao encontro do outro, de você, de mim mesmo.
Continua em 2019...
André Anlub
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