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Quando o nada é tudo
Hoje sonhei com nós dois
Poderia ter sido triste, mas lá estava você
Acordei com lágrimas nos olhos
Disfarcei, bebi café e passei o dia lembrando...
O meu contorno no chão feito em giz branco
De pé, ao lado, o seu olhar não era de tristeza
Um pássaro paliteiro bem perto... No dente do jacaré
Um incêndio sobe o bosque
Enxurrada desce a colina.
Pássaros em voo baixo migravam para o sul
Aviões em guerra estavam em formação de ataque.
De repente eu seguia a passos lentos, chutando pedras e pisando em poças
Assobiava uma canção dos Stones, que por sinal dormi e esqueci tocando na vitrola.
Penso que não sabia onde estavam minhas dores
Agora, acordado, ouço rumores sobre decapitações, preconceitos e fascismos
Mas o fato é que cismo que são apenas boatos.
Quero lhe falar um segredo em voz alta
Toco sua campainha e nada
Esse nada que é nada mais do que o mesmo nada nas madrugadas.
Por que lhe sigo?
Por que penso em você?
Chego a ver sua sombra projetada em todos os cantos pelo luar
Seu cheiro impregnou na minha pele de tal forma...
Que eu não queria lhe perder.
Acho que não deveria ter me ofertado tanto
Acho que não quero mais amar.
André Anlub
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